Nos dias 9 e 10 de setembro, ocorreu o evento “Imagens Urbanas – Vitrinas em Exposição”, no Rio de Janeiro, em comemoração ao Ano da França no Brasil, sob curadoria de Ana Lúcia Simões-Corrêa e Sylvia Demetresco.
Algumas palestras de especialistas franceses foram destaque, aproximando as técnicas e tendências do visual merchandising francês para os profissionais brasileiros.
O tema é tão importante para uma marca, quanto seu produto e pesquisas afirmam que a vitrine de uma loja é responsável por mais de 80% das vendas.
Um resumo das apresentações
Merchandising: triângulo mágico e conceito de shopphabilidade
Este workshop foi ministrado por Frédéric Perodeau, que desde 2004 é delegado geral do IFM (Institut Français du Merchandising). A organização existe há 39 anos, com mais de 350 empresas associadas, e está expandindo sua atuação através de institutos na Suíça e no Canadá. Perodeau frisou a importância do chamado “triângulo mágico”. Tudo que se refere ao encontro de seu três vértices, que são produto, cliente e ponto de venda, é merchandising e, portanto, deve ser tratado como tal. O grande segredo para se ter sucesso nesse segmento, segundo ele, é “olhar com os olhos do cliente”, percebendo exatamente o que ele está vendo. O termo “shopphabilidade” significa a capacidade do produto ou do ponto de venda se fazer comprar. “É exatamente isso que é definitivo para o cliente, nada mais do que colocar as pessoas que vêm comprar no estado de espírito correto através de ações que estimulem os cinco sentidos”, explicou.
Le Manufacture: a idéia do Design Global Anaïs Parenteau e Valérie Parenty, ambas da Saguez & Partner, braço da empresa de branding Le Manufacture, que faz o posicionamento de mercado de grupos como Galeries Lafayette, explicaram como funciona o estudo de marcas e desenvolvimento de casos. Segundo elas, o design não está presente apenas para ser bonito. “Ele existe para atingir metas concretas”, pontuaram. A metodologia usada na Le Manufacture é chamada “fio vermelho”, pois garante que tudo, arquitetura, identidade gráfica e visual, produtos, serviços e marca própria, esteja de acordo, sendo pensado ao mesmo tempo. “É disso que trata o chamado Design Global, quando a marca tem um ponto de vista bem definido e coerente”, explicaram. Para finalizar, ressaltaram as três dimensões fundamentais para o posicionamento da marca/produto: comércio, cultura e arte de viver. O comércio se refere ao marketing; o que o comércio, os clientes querem. A cultura diz respeito ao patrimônio, a história da marca. Por último, a arte de viver é inerente à cultura francesa, a delicadeza a ao refinamento.
Enviado por: Priscila Moreira
Adaptação: Sarah Lima
Fonte: http://www.usefashion.com/
