sexta-feira, 9 de abril de 2010

Saia do convencional


Por Sarah Lima

Criar roupas e acessórios pensando nas mulheres magrinhas e esbeltas é muito fácil e convencional.
O mundo fashion sempre dita a moda para pessoas com corpos "perfeitos".
Acontece que a realidade é bem diferente e quem já percebeu isso tem se destacado no mercado.
Existem tantas oportunidades por aí, mas é comum que designers e estilistas criem pensando nos padrões das semanas de moda que o mundo apresenta.

Há alguns dias aconteceu em São Paulo a 1ª Fashion Week Plus Size, ainda não é badalado como o evento tradicional, mas esse foi um evento de se parabenizar, pois já se espera há anos que a moda olhe para a realidade das consumidoras.


Matéria sobre a Fashion Week Plus Size feita pela RedeTV.

E ainda existem tantos nichos a serem trabalhados como as mais gordinhas, as bundudas, as peitudas, as baixinhas, as grandonas, etc etc.

Fora isso ainda são poucos os que se interessam em se aventurar a desenvolver produtos para o mundo masculino, infantil, gay, para os portadores de necessidades especiais, animais, etc.

Existem tantos nichos bons e de fácil fidelização que estão à espera de quem olhe para eles.
Um bom exercício para encontrar um nicho desses é observar melhor o seu dia-a-dia e, ao sinal de uma primeira reclamação ou problema acenda o pisca alerta e reflita sobre como solucionar esse "defeito/falha/problema", muitas vezes esse tipo de solução é muito simples e deixamos passar batido pois esperamos que alguém perceba e tome uma ação, mas para quem está ligado é nesse momento que se descobre um novo nicho a ser trabalhado e pode-se sair da zona convencional e confortável para uma zona de ação que deve ser munida de estudo, observação, planejamento, estratégia e posteriormente sucesso.

É assim que muitas vezes acontece. A pessoa observa uma necessidade, busca uma solução e em geral ganha muito com isso. Muitas soluções levam seu autor a fazer um registro de patente para garantir que as imitações ou cópias de sua invenção sejam feitas apenas após sua permissão.

Theresinha com sua invenção

Em se tratando de design para o lar, um exemplo bem simples de alguém que percebeu uma necessidade e buscou uma simples solução e com retorno financeiro considerável. Em 1959, Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich, uma dona de casa que um dia cansou de ver os restos de alimentos em sua pia resolveu criar um simples instrumento que hoje é tão utilizado na maioria dos lares, o escorredor de arroz. Uma empresa fabricante de brinquedos e utilidades para o lar (Trol S/A) comprou seu projeto e hoje praticamente todos os lares possui um produto como esse, uns mais simples, outros ultra modernos, mas todos com a mesma finalidade.


alguns modelos de escorredor de arroz

Enfim, seja para a moda, para o lar ou para qualquer outro nicho, vale a pena estar sempre atento às necessidades do consumidor e buscar oferecer produtos diferenciados, formando assim novos grupos de consumo.